Administração, vacina e esperança
- By Jor. Rodrigo G. de Almeida
- Blog do Presidente Leonardo
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Tenho dito desde o início desta pandemia sobre a importância dos administradores e da ciência da administração para o bom funcionamento da nossa sociedade.
Não temos dúvidas sobre o papel de nossos profissionais na linha de frente de inúmeros segmentos. Já falamos sobre isso em outras ocasiões.
A contribuição de nossos profissionais especializados em logística foi de tamanha grandeza, em nível mundial. Garantir o fornecimento de produtos e serviços para que se chegassem aos determinados fins, tais como remédios, alimentos e outros itens de necessidades ficou a cargo da ciência da administração.
Agora, outro desafio surgiu: como vacinar os grupos prioritários em todo o País? Como fazer escalas e encontrar o público-alvo, dentro de outras variáveis, a começar por um Brasil extremamente continental? Como garantir que sejam vacinados índios na imensidão da Amazônia e populações nos mais distantes rincões do interior brasileiro? Com a logística.
Antes disso, outra variável essencial: a conservação das vacinas, que exigem condições próprias para a refrigeração e conservação do produto, lembrando que, a depender do fabricante, precisa manter a temperatura de armazenamento entre 2°C e 8°C, o que traz uma preocupação a mais para a logística de um País tropical, como é o caso do nosso Brasil.
Em estudo feito pela gigante alemã DHL, levando em conta a população de 7,8 bilhões de pessoas, serão necessários cerca de 10 bilhões de doses de vacina, para alcançar a marca de 60% de imunização.
Sem a logística, impossível.
É preciso deixar claro o empenho dos cientistas e de diversos países, que deram condições e estruturas para a busca da vacina. Especialistas em farmacologia, infectologia, etc., deram sua contribuição importante. Não há dúvida. Mas, agora, a parte prática para, de fato, imunizar a população será preciso os meios e processos da logística.
Neste cenário, em que reinam as ciências multidisciplinares, há outro ponto crucial: a esperança.
A esperança tem sido nossa guia, nosso farol, e ainda assim vai continuar, até que possamos olhar para trás e vermos, juntos, o empenho de uma geração para garantir a vida.
Adm. Leonardo Macedo
Presidente do CRA-CE