O presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), Adm. Leonardo Macedo, esteve em São Paulo-SP nesta segunda-feira, 19, para cumprir uma extensa agenda de compromissos. A principal delas foi uma reunião com o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes Ferreira.

No encontro, que contou também com a participação do presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), Adm. Alberto Whitaker, e o diretor Executivo de Economia da Febraban, Rubens Sardenberg, Leonardo defendeu a profissão e destacou a importância dos profissionais de administração para o sistema bancário.

“Um balanço tem que ser assinado por um Contador. Por que não exigir que o plano de negócios seja assinado por um Administrador? Esta é uma prerrogativa da nossa profissão prevista na Lei 4.769/65”, disse.

Leonardo explicou, ainda, que os bancos solicitam esse plano de negócios na hora de liberar um empréstimo para o empresário. Contudo, tal documento nem sempre tem a chancela do Administrador, o que eleva, e muito, o risco desse negócio não sobreviver por falta de planejamento e gestão.

“A assinatura do Administrador em um plano de negócios é importante porque demonstra responsabilidade, credibilidade, comprometimento, orientação para ação e promove a transparência e comunicação. Isso ajuda a estabelecer uma base sólida para a implementação bem-sucedida do plano e o alcance dos objetivos propostos no negocio”, defendeu o presidente do CFA.

Isaac recebeu para análise a demanda do Sistema CFA/CRAs e falou de um dos principais gargalos do sistema bancário: a inadimplência. Quanto maior ela for, maior será a taxa de juros.

De acordo com ele, a dívida é um fenômeno complexo e multifacetado que afeta não apenas os bancos, mas também toda a economia. Daí a urgência de não só o sistema financeiro, mas também toda a sociedade, pensar em medidas para mitigar os riscos associados a essa situação e buscar soluções adequadas.

“Chegou a hora de os bancos passarem a exigir a assinatura do administrador no plano de negócios, pois essa medida diminui o risco da inadimplência”, afirmou Leonardo, ressaltando que a assinatura confere credibilidade ao documento e faz aumentar a confiança de investidores, parceiros comerciais e instituições financeiras.

Ana Graciele Gonçalves
Assessoria de Comunicação CFA