
- Jor. Rodrigo G. de Almeida
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ARTIGO: As empresas juniores: teoria e prática
- Jor. Rodrigo G. de Almeida
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Em 1967 universitários franceses fizeram uma revolução especial: insatisfeitos com o que consideravam falta de alinhamento entre a teoria e a prática criaram a primeira empresa júnior, a Essec Conseil, com o objetivo de permitir que as situações que iriam enfrentar pós-formatura pudessem ser antecipadas.
No Brasil, em 1988, foi fundada a EjFGV, englobando os cursos de administração, direito e economia da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, seguida pela Empresa JR ADM da Universidade Federal da Bahia, em 1989. Em 1992, foi a vez do Ceará entrar nesse importante movimento, com a Empresa Júnior de Administração da Universidade Estadual do Ceará, hoje ADM Soluções.
Essas empresas, sem fins lucrativos, têm em comum o forte comprometimento dos alunos que a compõem, em geral dotados de espírito empreendedor, com disposição para enfrentar grandes desafios ainda durante suas formações, na condição de voluntários. Uma frase da EjFGV caracteriza muito bem o significado do movimento: ser sênior, enquanto júnior.
Segundo a Brasil Júnior, o movimento hoje congrega mais de 900 empresas, 22 mil empresários e teve um faturamento de mais de R$ 23 milhões distribuídos por um número superior a 17 mil projetos, estando presente em todos os estados brasileiros, apostando na ética, na colaboração, na competitividade e na educação.
Com soluções em estratégia, finanças e estoque, marketing e pessoas e processos, a ADM Soluções, nossa pioneira e exemplo, apresenta como missão “catalisar a transformação de alunos em líderes empreendedores, gerando impacto no mercado cearense”.
Geridas pelos próprios alunos, com orientação de um professor, as empresas juniores focam no empreendedorismo, o que parece explicar o brilho nos olhos dos seus componentes, sempre prontos a superar dificuldades em busca do sonho de fazer a diferença, mesmo antes de se tornarem profissionais.
Assim, neste momento de revisão de conceitos, especialmente os micros e pequenos empresários têm a oportunidade de reavaliar sua forma de atuação no mercado a custos baixos, mas com qualidade, através da consultoria de uma empresa júnior.
Vladimir Spinelli Chagas
Professor da UECE
Membro da Academia Cearense de Administração – ACAD
Conselheiro do CRA-CE
(Artigo publicado originalmente no jornal O Povo, de 3/8/2020)