Comércio eletrônico ou E-commerce diz respeito a compras pela internet por meio de dispositivos como smartphones, tablets, computadores. Adquirir produtos e serviços pela Internet passou a ser comum no dia a dia das pessoas em busca de consumir com mais facilidade e opções. Em 2011, as compras on-line no Brasil somavam R$ 18 milhões; em 2018, esse valor alcançou a cifra R$ 53 milhões, conforme a Ebit Nielsen. Em 2019, foi previsto o crescimento de 16% pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Loja virtual, marketplaces, redes sociais, e-mail marketing são canais de venda eletrônica. A loja virtual consolidou-se como a plataforma de e-commerce mais conhecida, onde se compram coisas inimagináveis. Observe-se que, dantes, fazer compras só na loja física. Entretanto, as compras por telefone e catálogo de produtos surgiram nas décadas 1980 e 1990. Desse modo, criaram-se as possibilidades de se comprar à distância.

Antes ainda deste período, há o registro histórico que Michael Aldrich criou, em 1979, o primeiro sistema on-line que permitiu empresas e consumidores (B2C) e empresas e empresas (B2B) comprarem e venderem entre si.

Já na segunda metade da década de 1990, a Internet propagou-se e o e-commerce inaugurou a maneira parecida de funcionar como a de atualmente. A partir de 1995, esta modalidade consolidou-se e amplia-se mundialmente a cada ano. Este ano, as medidas de restrição de circulação e funcionamento de atividades econômicas, necessárias para conter o avanço da pandemia do coronavírus no mundo, acabaram antecipando ou acelerando tendências que se encontravam em marcha e uma delas é justamente o aumento da procura e da aquisição de produtos e serviços pela internet.

De acordo com o estudo do Sebrae “Covid-19 e Comércio Eletrônico”, no mundo, a busca pelo tema “e-commerce” na internet cresceu 56%, na comparação da 3ª semana de maio/20, com mesmo período de 2019. Os serviços de entregas também tiveram um aumento de 55% na sua busca, na internet, na comparação de maio/20 com maio/19. Outra atividade que registrou aumento na procura online foi à venda de produtos de supermercados pela internet. Na comparação de maio/20 com maio/19, a busca por supermercados na internet cresceu 39%.

No Brasil, de acordo com dados fornecidos pela operadora de cartões Elo, apenas no primeiro mês de quarentena, a demanda por compras on-line em supermercados aumentou quase 50%. E passar a ofertar e comercializar produtos em plataformas e aplicativos foi justamente uma das saídas encontradas por pequenos negócios.

Joaquim Cartaxo – arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE